Após uma safra recorde em 22/23, fatores climáticos adversos e atrasos no plantio estão projetando uma redução de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas na produção. Isso coloca o Brasil, principal exportador global da oleaginosa, diante de um cenário desafiador.
A diminuição na produção de soja terá um impacto direto nas exportações brasileiras, especialmente devido à desaceleração na demanda chinesa. Com a China explorando opções mais acessíveis, como o milho, para alimentação animal, espera-se uma redução nas importações de soja brasileira.
Apesar dos desafios externos, o mercado interno brasileiro está em ascensão, especialmente devido à crescente demanda por óleo de soja para biodiesel. Isso beneficia a indústria local, compensando parcialmente a queda nas exportações.
Entretanto, a esperada alta nos preços devido à redução na safra não vem se concretizando. Em parte, devido à recuperação dos estoques globais, incluindo a produtividade na Argentina e em outros países vizinhos. Como resultado, os preços internacionais da soja já apresentaram uma queda significativa em relação ao ano anterior.
Essas condições apontam para uma redução estimada de US$ 7 bilhões nas divisas geradas pelas exportações de soja do Brasil em 23/24, retornando aos níveis de 2022. Apesar dos desafios, a produção de soja ainda é um dos principais impulsionadores da economia brasileira, destacando a importância estratégica do setor agrícola nacional.